sábado, 19 de março de 2022

A estância balnear de Sanya terá uma “selva vertical” num hotel feito de blocos curvos !



A parte interior da estrutura também será dividida entre um hotel nos pisos inferiores e o outro nos pisos superiores, estando previsto um espaço comercial para o edifício.

Quando o escritório de arquitetura Sanya Horizons ficou encarregue de desenhar um conjunto de hotéis na estância balnear chinesa de Sanya, seria expectável que o desenho passasse por uma torre em altura que conseguisse acomodar o maior número de quartos possível. No entanto, a escolha passou por seis grandes estruturas com curvas num único arranha-céus unificado que será coberto de vegetação.

De acordo com o New Atlas, a estrutura terá 160 metros de altura e apresenta uma fachada rendilhada que permite a entrada de luz nos interiores do edifício. O verde aparece como um enfeite da fachada e interiores do hotel, criando uma “selva vertical”. Para além desta opção, também a forma dramaticamente curva tem um propósito prático, explicou o responsável pelo desenho, já que permite maximizar a vista, assim como reduzir as cargas de vento.

“As estruturas horizontais empilhadas da Sanya Horizons são geometricamente curvados para abraçar o oceano e melhorar ainda mais as vistas abundantes, com cada quarto de hotel dada a sua própria varanda privada e vistas do mar 100% desobstruídas”, apontou Buro Ole Scheeren. “Através dos offsets e aberturas entre os volumes, emerge em todo o edifício um amplo espectro de plantas e jardins naturais, quase duplicando a quantidade de espaço verde no local.”

“Para além da eficiência estrutural global dos volumes combinados dos hotéis, as múltiplas aberturas de grande escala do edifício aumentam a porosidade e, com isso, minimizam as cargas de vento estruturais. A disposição de quartos de hotel permite uma ventilação cruzada natural completa e reduz a necessidade de arrefecimento mecânico. A fachada consiste numa grelha hexagonal profunda de varandas e corredores que proporcionam uma proteção completa contra o sol, reduzindo drasticamente a pegada energética do edifício“.

A parte interior da estrutura também será dividida entre um hotel nos pisos inferiores e o outro nos pisos superiores, estando previsto um espaço comercial para o edifício. Cada quarto de hotel terá também a sua própria piscina, ao passo que o edifício terá um Sky Terrace e o Sky Deck.

Para além de todo o verde do edifício, o espaço no seu redor também terá uma grande quantidade de plantas e árvores, com uma paisagem ondulada destinada a fazer referências às ondas oceânicas nas proximidades. De acordo com a mesma fonte, a construção do edifício deverá começar no final deste ano, com conclusão prevista para 2026.

https://zap.aeiou.pt/a-estancia-balnear-de-sanya-tera-uma-selva-vertical-num-hotel-feito-de-blocos-curvos-467582

 

terça-feira, 1 de março de 2022

Dentro de um arranha-céus de Singapura, respira um oásis verde inspirador !



Desenho e projeção do espaço tem como objetivo inspirar os trabalhadores que ali exercem as suas funções profissionais.

Com 280 metros de altitude, o CapitaSpring é um vistoso arranha-céus de Singapura projetado pelos prestigiados ateliers Bjarke Ingels Group and Carlo Ratti Associati. A torre é composta por uma fachada com inúmeras aberturas que tornam visíveis a quantidade de verde que existe no interior, graças à presença de um grande número de plantas.

O CapitaSpring foi desenvolvido pela CapitalLand, a mesma empresa responsável pelo “arranha-céu horizontal” na China. O edifício é composto por 51 pisos, a maioria dos quais estão repletos de escritórios e residências de serviço – para além de lojas e restaurantes. No entanto, e tal como nota o New Atlas, o piso de entrado está sobretudo repleto de plantas, nomeadamente o chamado “Oásis Verde”, aberto ao público.

Em linha com esta preocupação com o ambiente está a existência de uma quinta no telhado e o ponto mais alto de observação pública de Singapura.
Encapsulado entre as componentes residenciais e de escritórios do CapitaSpring, a 100 metros do chão, está o Oásis Verde”, explicou a CapitaLand.

“O extenso passeio botânico em espiral dos andares 17 a 20 tem uma altura total de 35 metros,o equivalente a 10 andares de uma típica torre de apartamentos. Além de ser a casa de mais de 38.000 plantas, o Oásis Verde oferece uma variedade de instalações de trabalho, tais como um anfiteatro, uma alcova de yoga, ginásios da selva, ninhos de ideias, vagens de trabalho e um café”, descreve a empresa responsável.  

O exemplo de biodiversidade inclui mais de 80 mil plantas de mais de 130 espécies diferentes, sendo mais de 60% plantas narrativas” descreveu a empresa. “Estas plantas foram cuidadosamente selecionadas pela sua capacidade de florescer nas condições climáticas e de humidade tropicais de Singapura, e prosperam a níveis elevados.

O desenho interior motiva os trabalhadores a desfrutar da vegetação e da vista sobre Singapura, e existem múltiplas áreas de assento com pontos de alimentação instalados para que o pessoal possa fazer o seu trabalho fora do escritório. Foi dada particular atenção à maximização da ventilação natural para assegurar uma temperatura confortável no interior. O ar fresco é também reciclado dos espaços de escritórios com ar condicionado e a água dos aparelhos de ar condicionado do edifício é colhida para uso não potável.

Outras tecnologias notáveis incluem sistemas de reconhecimento facial, ligações móveis à Internet 5G, elevadores de alta velocidade capazes de recuperar alguma energia durante a utilização e robôs de limpeza. Para além disso, existem quatro parques de estacionamento de veículos eléctricos, dois dos quais estão equipados com carregadores rápidos directos de 50kW.

https://zap.aeiou.pt/dentro-de-um-arranha-ceus-de-singapura-respira-um-oasis-verde-inspirador-464928

 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

O “manifesto pela beleza” de Paris quer reavivar o encanto da cidade do amor !

Depois de um movimento nas redes sociais ter denunciado a degradação e o lixo na cidade, a Câmara Municipal de Paris está a tentar responder aos problemas e preservar a beleza da capital francesa.

As autoridades municipais de Paris publicaram um “manifesto pela beleza” com planos para realçar novamente o encanto da capital francesa, depois de uma campanha online ter mostrado o lado mais feio da cidade.

O vice-autarca Emmanuel Grégoire revelou que várias iniciativas recentes da aliança entre socialistas e verdes que governa a cidade vão ser revertidas, incluindo uma que permitia aos parisienses plantar os seus próprios jardins no espaço público, que arrancou em 2015, lembra o The Guardian.

Esta iniciativa dava a possibilidade aos residentes de se candidataram a licenças para poderem plantas flores à volta das raízes das árvores nas rua, ao custo das tampas de ferro conhecidas da paisagem de Paris.

Muitos destes jardins amadores ficaram desde então cheias de lixo e fezes de cães. Gregoire admitiu que a estética da cidade saiu a perder e que as flores trouxeram grandes desafios de gestão. A resposta surgiu agora com uma nova política de tolerância zero ao lixo na cidade, assim como aos posters e grafittis ilegais.

As marcas amarelas temporárias que definem as ciclovias também vão ser removidas para não fazerem poluição visual e as barreiras de cimento que foram colocadas recentemente vão ser substituídas por outras alternativas mais estéticas.

As medidas surgem depois da hashtag #SaccageParis — lixo em Paris — ter-se tornado viral no início de 2021, com os parisienses a publicar fotografias das pilhas de lixo espalhadas pela cidade, assim como bancos degradados, jardins sem manutenção e trotinetas abandonadas.

A autarquia tem sido o alvo da raiva dos residentes, que consideram que os responsáveis não estão a cumprir o seu dever de proteger a arquitectura da cidade.

Apesar de terem inicialmente descrito as críticas como uma campanha para “manchar” a sua imagem, as autoridades da cidade adoptaram medidas para responder ao problema.

Gregoire admite que a campanha online “foi útil” para obrigar a Câmara Municipal a reagir, mas considera que a dimensão de alguns dos problemas foi exagerada.

https://zap.aeiou.pt/manifesto-beleza-reavivar-paris-458225

 

sábado, 8 de janeiro de 2022

Astronauta capta Lua crescente sobre um pôr-do-sol de tirar o fôlego a partir da Estação Espacial Internacional !

Lua crescente e o pôr-do-sol a partir da Estação Espacial Internacional

Lua crescente e o pôr-do-sol a partir da Estação Espacial Internaciona

A partir da Estação Espacial Internacional (EEI) captam-se vistas de tirar o fôlego. A mais recente dá-nos um vislumbre do nosso satélite natural sobre o pôr-do-sol.

Um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI) tirou uma fotografia à Lua crescente, no momento em que o Sol se põe e brilha através das diferentes camadas da atmosfera.

De acordo com o Live Science, o pôr-do-sol orbital desvanece do laranja perto da superfície da Terra para o azul escuro no limite do Espaço.

As diferentes cores pertencem às primeiras quatro camadas da atmosfera: a troposfera (12 km); a estratosfera (50 km); a mesosfera (80 km); e a termosfera (700 km).

O espetro colorido do pôr-do-sol é o resultado de um fenómeno conhecido como dispersão de Rayleigh. Neste processo, a radiação eletromagnética, como a luz visível, é espalhada por partículas mais pequenas do que o seu comprimento de onda, como moléculas de ar.

Na prática, o que vemos é a luz daqueles comprimentos de onda espalhada. Cada camada da atmosfera tem uma densidade diferente de partículas de gás, o que significa que a luz espalhada tem uma cor diferente em cada uma dessas camadas.

A imagem foi tirada no dia 6 de dezembro de 2021, por um membro da tripulação da Expedição 66, um grupo de sete astronautas da NASA, da Agência Espacial Europeia, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e da Corporação Espacial Estatal da Rússia, a Roscosmos.

A imagem foi obtida com a ajuda de uma câmara digital, no momento em que a EEI passou sobre o Oceano Pacífico a leste da Nova Zelândia, a uma altitude de cerca de 422 quilómetros.

O Observatório da Terra da NASA divulgou a fotografia no último dia do ano. “Esta visão oferece um fim simbólico para o ano 2021 e um olhar em direção ao próximo objetivo da NASA para a exploração humana”, escreveu a agência espacial, em comunicado.

https://zap.aeiou.pt/astronauta-capta-lua-por-do-sol-455331

 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

A nova Seul poderá percorrer-se em dez minutos e será uma cidade hight-tech !



Ideia foi proposta por um gabinete de arquitetura dos Países Baixos e tem por base um conceito cunhado em 2016 por Carlos Moreno.

A pandemia veio alterar significativamente a forma como os cidadãos interagem com os espaços que os rodeiam, sejam esses espaços as suas próprias casas ou até as cidades onde vivem. Com estes conceitos em mente, um grupo de arquitetos produziu a ideia de uma cidade de 15 minutos, na qual os residentes podem chegar a todos os locais de trabalho e infraestruturas de lazer em não mais de 10 minutos.

Intitulada “Project H1”, a iniciativa pretende transformar uma antiga zona industrial numa cidade inteligente interconectada. Combinando oito edifícios residenciais com escritórios de trabalho e espaços de estudo, o território de mais de 50 hectares também terá espaços de fruição e entretenimento, centros de atividade física, piscinas ou quintas urbanas.

Planeada pela empresa de arquitetura neerlandesa UNStudio e apoiada pela Empresa de Desenvolvimento Hyunday – uma imobiliária detida pelo mesmo conglomerado por trás da fabricante de automóveis – a cidade também será livre de automóveis na totalidade da sua área. De acordo com um comunicado de imprensa, todas as “conveniências da cidade”, ainda assim, estarão à distância de uma caminhada de dez minutos.

Num outro comunicado, citado pela CNN, Ben van Berkel, um dos vice-diretores da UNStudio, garantiu que a “experiência de vida diária” dos residentes é a “principal prioridade” do projeto. “Nós fazemos isto através da inclusão de uma grande variedade de edifícios curados no local que proporcionam uma vasta gama de opções aos cidadãos sobre como podem passar o seu tempo de vida, seja trabalho ou lazer, poupando-lhes também tempo para viajar para outros locais da cidade – já que com o tempo que se poupa, cria-se também mais tempo”, pode ler-se.  

Um porta-voz do INStudo confirmou que o projeto já recebeu luz verde, mas não avançou datas para a sua concretização. Para já, os interessados em viver no território e curiosos sobre esta temática terão que se contentar com as imagens divulgadas, nas quais se destacam as zonas verdes e os passeios para os peões.

Ainda segundo os arquitetos, a cidade será alimentada por energia limpa gerada no local, ao passo que os sistemas de captação e armazenamento de chuva estão a ser concebidos para reduzir o isso de água. O conceito de cidade de 15 minutos foi inicialmente proposto pelo académico franco-colombiano Carlos Moreno, em 2016.

No entanto, os críticos afirmam que o conceito poderia causar gentrificação ao concentrar ainda mais a riqueza nas zonas mais acessíveis e convenientes. Porquê? Por que a conveniência das infraestruturas pode, por sua vez, resultar em preços incomportáveis para as comunidades de baixos rendimentos e marginalizadas. A pandemia, ainda assim, veio restaurar o interesse crescente pelo tema, face à necessidade de evitar aglomerações provocadas pelos transportes públicos e pelo teletrabalho, que requer mais condições para os trabalhadores nas suas próprias casas.

Carlos Moreno, num artigo publicado no jornal académico Smart Cities, no início do ano, escreveu que “o surgimento desta pandemia expôs a vulnerabilidade das cidades … e a necessidade de as repensar radicalmente, onde as medidas inovadoras precisam de ser adaptadas para assegurar que os residentes urbanos sejam capazes de lidar e continuar com as suas atividades básicas, incluindo as culturais, de forma a assegurar que as cidades permaneçam resilientes e habitáveis a curto e longo prazo”.

https://zap.aeiou.pt/nova-seul-percorrer-dez-minutos-hight-tech-451980