Ideia
foi proposta por um gabinete de arquitetura dos Países Baixos e tem por
base um conceito cunhado em 2016 por Carlos Moreno.
A pandemia veio alterar significativamente a forma como os cidadãos interagem com os espaços que os rodeiam, sejam esses espaços as suas próprias casas ou até as cidades onde vivem. Com estes conceitos em mente, um grupo de arquitetos produziu a ideia de uma cidade de 15 minutos, na qual os residentes podem chegar a todos os locais de trabalho e infraestruturas de lazer em não mais de 10 minutos.
Intitulada “Project H1”, a iniciativa pretende transformar uma antiga zona industrial numa cidade inteligente interconectada. Combinando oito edifícios residenciais com escritórios de trabalho e espaços de estudo, o território de mais de 50 hectares também terá espaços de fruição e entretenimento, centros de atividade física, piscinas ou quintas urbanas.
Planeada pela empresa de arquitetura neerlandesa UNStudio e apoiada pela Empresa de Desenvolvimento Hyunday – uma imobiliária detida pelo mesmo conglomerado por trás da fabricante de automóveis – a cidade também será livre de automóveis na totalidade da sua área. De acordo com um comunicado de imprensa, todas as “conveniências da cidade”, ainda assim, estarão à distância de uma caminhada de dez minutos.
Num outro comunicado, citado pela CNN, Ben van Berkel, um dos vice-diretores da UNStudio, garantiu que a “experiência de vida diária” dos residentes é a “principal prioridade” do projeto. “Nós fazemos isto através da inclusão de uma grande variedade de edifícios curados no local que proporcionam uma vasta gama de opções aos cidadãos sobre como podem passar o seu tempo de vida, seja trabalho ou lazer, poupando-lhes também tempo para viajar para outros locais da cidade – já que com o tempo que se poupa, cria-se também mais tempo”, pode ler-se.
Um porta-voz do INStudo confirmou que o projeto já recebeu luz verde, mas não avançou datas para a sua concretização. Para já, os interessados em viver no território e curiosos sobre esta temática terão que se contentar com as imagens divulgadas, nas quais se destacam as zonas verdes e os passeios para os peões.
Ainda segundo os arquitetos, a cidade será alimentada por energia limpa gerada no local, ao passo que os sistemas de captação e armazenamento de chuva estão a ser concebidos para reduzir o isso de água. O conceito de cidade de 15 minutos foi inicialmente proposto pelo académico franco-colombiano Carlos Moreno, em 2016.
No entanto, os críticos afirmam que o conceito poderia causar gentrificação ao concentrar ainda mais a riqueza nas zonas mais acessíveis e convenientes. Porquê? Por que a conveniência das infraestruturas pode, por sua vez, resultar em preços incomportáveis para as comunidades de baixos rendimentos e marginalizadas. A pandemia, ainda assim, veio restaurar o interesse crescente pelo tema, face à necessidade de evitar aglomerações provocadas pelos transportes públicos e pelo teletrabalho, que requer mais condições para os trabalhadores nas suas próprias casas.
Carlos Moreno, num artigo publicado no jornal académico Smart Cities, no início do ano, escreveu que “o surgimento desta pandemia expôs a vulnerabilidade das cidades … e a necessidade de as repensar radicalmente, onde as medidas inovadoras precisam de ser adaptadas para assegurar que os residentes urbanos sejam capazes de lidar e continuar com as suas atividades básicas, incluindo as culturais, de forma a assegurar que as cidades permaneçam resilientes e habitáveis a curto e longo prazo”.
https://zap.aeiou.pt/nova-seul-percorrer-dez-minutos-hight-tech-451980
A pandemia veio alterar significativamente a forma como os cidadãos interagem com os espaços que os rodeiam, sejam esses espaços as suas próprias casas ou até as cidades onde vivem. Com estes conceitos em mente, um grupo de arquitetos produziu a ideia de uma cidade de 15 minutos, na qual os residentes podem chegar a todos os locais de trabalho e infraestruturas de lazer em não mais de 10 minutos.
Intitulada “Project H1”, a iniciativa pretende transformar uma antiga zona industrial numa cidade inteligente interconectada. Combinando oito edifícios residenciais com escritórios de trabalho e espaços de estudo, o território de mais de 50 hectares também terá espaços de fruição e entretenimento, centros de atividade física, piscinas ou quintas urbanas.
Planeada pela empresa de arquitetura neerlandesa UNStudio e apoiada pela Empresa de Desenvolvimento Hyunday – uma imobiliária detida pelo mesmo conglomerado por trás da fabricante de automóveis – a cidade também será livre de automóveis na totalidade da sua área. De acordo com um comunicado de imprensa, todas as “conveniências da cidade”, ainda assim, estarão à distância de uma caminhada de dez minutos.
Num outro comunicado, citado pela CNN, Ben van Berkel, um dos vice-diretores da UNStudio, garantiu que a “experiência de vida diária” dos residentes é a “principal prioridade” do projeto. “Nós fazemos isto através da inclusão de uma grande variedade de edifícios curados no local que proporcionam uma vasta gama de opções aos cidadãos sobre como podem passar o seu tempo de vida, seja trabalho ou lazer, poupando-lhes também tempo para viajar para outros locais da cidade – já que com o tempo que se poupa, cria-se também mais tempo”, pode ler-se.
Um porta-voz do INStudo confirmou que o projeto já recebeu luz verde, mas não avançou datas para a sua concretização. Para já, os interessados em viver no território e curiosos sobre esta temática terão que se contentar com as imagens divulgadas, nas quais se destacam as zonas verdes e os passeios para os peões.
Ainda segundo os arquitetos, a cidade será alimentada por energia limpa gerada no local, ao passo que os sistemas de captação e armazenamento de chuva estão a ser concebidos para reduzir o isso de água. O conceito de cidade de 15 minutos foi inicialmente proposto pelo académico franco-colombiano Carlos Moreno, em 2016.
No entanto, os críticos afirmam que o conceito poderia causar gentrificação ao concentrar ainda mais a riqueza nas zonas mais acessíveis e convenientes. Porquê? Por que a conveniência das infraestruturas pode, por sua vez, resultar em preços incomportáveis para as comunidades de baixos rendimentos e marginalizadas. A pandemia, ainda assim, veio restaurar o interesse crescente pelo tema, face à necessidade de evitar aglomerações provocadas pelos transportes públicos e pelo teletrabalho, que requer mais condições para os trabalhadores nas suas próprias casas.
Carlos Moreno, num artigo publicado no jornal académico Smart Cities, no início do ano, escreveu que “o surgimento desta pandemia expôs a vulnerabilidade das cidades … e a necessidade de as repensar radicalmente, onde as medidas inovadoras precisam de ser adaptadas para assegurar que os residentes urbanos sejam capazes de lidar e continuar com as suas atividades básicas, incluindo as culturais, de forma a assegurar que as cidades permaneçam resilientes e habitáveis a curto e longo prazo”.
https://zap.aeiou.pt/nova-seul-percorrer-dez-minutos-hight-tech-451980
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